segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Parou carro em vários locais para atear fogos em Monchique e Portimão

Um homem de 49 anos que está acusado de ter causado o incêndio que consumiu milhares de hectares de mato e floresta, em Monchique e Portimão, em setembro de 2016, começa hoje a ser julgado no Tribunal de Portimão, por seis crimes de incêndio, um deles agravado.


Segundo o Ministério Público, os fogos que Carlos Fernandes ateou provocaram incêndios, alguns de grande dimensão, que consumiram milhares de hectares de mato e floresta e ocasionaram prejuízos de diversos milhões de euros e obrigaram à evacuação de dezenas de residentes e de hóspedes e funcionários de um hotel.

Ainda de acordo com a acusação, o arguido terá parado o seu carro várias vezes ao longo da estrada e "pegado fogo a mato seco com um isqueiro". Nesse dia, "o tempo estava muito quente e seco, com temperaturas máximas situadas entre os 32º e os 40º e uma humidade relativa inferior a 30%".

Residente na zona de Loulé, o arguido tem família e trabalhava como barman na Quinta do Lago.

Quando foi detido e apresentado ao juiz, disse ter problemas psiquiátricos e que naquele dia estava sob efeito de medicação excessiva. Afirmou só se lembrar de ter ateado um fogo. Mais tarde, contestou a generalização que foi feita pela Polícia Judiciária, que lhe atribuiu a autoria de todos os fogos ocorridos no dia 3 de setembro, na zona de Monchique. Sustentou ainda não haver provas, nomeadamente testemunhas, que o coloquem nos locais onde deflagraram os fogos.

O arguido encontra-se atualmente em prisão preventiva, na cadeia de Silves.

Despronunciado num caso
O arguido não foi pronunciado pela autoria de outro incêndio, em Odelouca, Silves, uma vez que não foi confrontado pelo Ministério Público com a acusação dos factos relativos a esse crime.

Combate envolveu 1900
No combate aos fogos ateados pelo arguido estiveram envolvidos cerca de 1700 bombeiros, 200 militares, 570 veículos, helicópteros, aviões médios e bombardeiros.

Ateava fogo
Quando foi detido, o arguido disse ao juiz só se lembrar de ter ateado um incêndio na encosta norte da Fóia, na serra de Monchique, onde foi apanhado em flagrante delito por um casal de militares da GNR que se encontrava de folga.

(Fonte CM)

Sem comentários:

Enviar um comentário